quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dia Internacional da Filosofia

A Alegoria da Caverna, um famoso texto da autoria do filósofo Platão, leva-nos a pensar e questionar acerca de uma temática essencial à vida humana: a realidade. Colocamo-nos perguntas tais como: «Será que o que penso ser real é irreal?», «Será que o que vejo é real, existe mesmo? Ou é tudo ilusão?». Até que depois de um momento de reflexão surge a questão – base: «O que é, afinal a realidade?».
Platão, através da sua alegoria transmite-nos a ideia de que aquilo que por vezes achamos ser certo, pode não o ser. Deste modo, antes de aceitarmos algo como verdadeiro temos de o analisar primeiro.
Em muitas situações da vida, ao nos apercebermos que vivemos numa ilusão, por qualquer motivo, sentimo-nos enganados e ignorantes. Foram estes os sentimentos vividos pelos prisioneiros da Caverna de Platão.
E porque esta alegoria pode ser aplicada em várias situações da actualidade, em turma, nós, alunos de Filosofia, idealizámos a Alegoria de Platão e edificámos a Caverna, com diversos materiais, no âmbito da comemoração do dia da Filosofia.
Para transmitir a ideia do filósofo, no interior da Caverna sentámos 3 prisioneiros acorrentados, de costas voltadas para a entrada, e atrás de si colocámos uma fogueira para tentar dar a ideia das sombras dos objectos.
Do meu ponto de vista a actividade desenvolveu-se de forma positiva, todos cooperámos, e o nosso espírito de equipa levou-nos à realização de um trabalho saliente e benéfico para todos nós, pois, enquanto aluna, acho que todos ficámos com um conhecimento mais pormenorizado desta alegoria, dos pensamentos e ideias do filósofo, e também do conceito de Filosofia.
Filosofar não é apenas o pensar, é também questionar e analisar o que achamos ser correcto, é ver mais profundamente e de várias perspectivas.
Além disso, apercebemo-nos de que esta alegoria é intemporal, isto é, aplica-se a qualquer momento da história porque todos nos iludimos e por mais pequenas que sejam essas ilusões sentimos sempre a pequenez do nosso saber, a ignorância do nosso ser.
Texto da autoria de Tânia Santos, aluna do 10ºB

Dia Internacional da Filosofia

Nos dias que correm, todos nós nos deparamos com amarras que nos impedem de fazer determinados movimentos. Toda e qualquer afeição que um ser humano desenvolva com algo material será a porta de entrada para o esquecimento de determinadas sensações partilhadas com outras cabeças. Sentimo-nos seguros numa relação palpável, tipo “Eu-isso”, pois sabemos, por um lado, que estes objectos se encontram “aqui e agora” e, por outro lado, que dominamos os sentimentos aliados à interacção, desenvolvendo o objecto (ou uma pessoa, por vezes) uma posição “escrava” em relação ao “senhor”, esse que nos representa a nós. No entanto, esta relação “escravo-Senhor”, poderá ter sido invertida. Não no sentido de que nós nos tenhamos apercebido. Mas, sem sabermos, os computadores, os espelhos, os telemóveis ou até mesmo manequins têm vindo a dominar a nossa maneira de ser. E porquê? Porque pensamos que nos mostram a realidade, quando a totalidade desta só poderá ser atingida partindo à descoberta e aplicando um espírito filosófico. Se nos ligamos a estes objectos pela segurança que nos transmitem, como poderemos saber que aquilo que falta descobrir não será ainda mais seguro? Porque não tentar?
         A sabedoria não é um algo, ou um aquilo. Não é algo palpável, que se cola ao corpo como um tecido ou que podemos chutar como uma bola. É, acima de tudo, a procura, através de experiências e aventuras, da verdade. É o “porque” do “porquê”. E a sabedoria é realidade, e não aquilo que pretendemos ou pensamos olhar. Até porque olhar, e ver, são acções bastante distintas.
         Eu falo por mim, mas são frequentes as vezes em que agradeço pelas condições em que vivo. Tenho direito a uma casa, roupa, e inúmeros outros objectos que tornam a minha vida mais fácil. Tenho também uma educação, que me dá conhecimentos. Será isto tudo, no entanto, positivo? Todos estes factores contribuem para que os problemas fujam ou se escondam sob a forma de máscaras na minha mente. Incutem-me dogmatizações e impedem-me de conseguir enfrentar o erro. O outro extremo, o da pobreza, também não será benéfico. Os problemas são bastante comuns. Mas o nosso sucesso é também necessário, pois ajuda-nos a lutar por algo que sabemos ser atingível. Devemos, portanto, afastarmo-nos dos extremos e seguir o caminho do meio. A existência destes extremos será, no entanto, muito importante. “Ninguém saberia dizer o que está certo, se o contrário não existisse”. A alegria de atingir determinado objectivo só é possível, devido à dor provocada durante a subida. É por isso que gostamos tanto da dor, porque sabe mesmo bem quando acaba!
         É importante a existência de filósofos como Platão, que nos abrem os olhos para o mundo que nos rodeia. Apesar de a televisão a preto e branco ter evoluído para   a televisão a cores, isto não significa que os objectos se tenham tornado mais reais e próximos da realidade. Apenas nos impedem de sermos Humanos, e filósofos espontâneos, pois damos como adquirida a essência, esta que se esconde sob a forma de aparência.

Inês Oliveira – 10º B

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"A Lista de Schindler" - A Dignidade da pessoa Humana

Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a render-se a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que actos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar, a sangue-frio, um semelhante seu como se fosse um mero insecto?   
No âmbito da disciplina de EMRC visualizámos o filme "A Lista de Schindler" com o qual a maioria de nós foi capaz de crescer como pessoa.
Filmado a preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, ''A Lista de Schindler'' ilustra a perseguição aos judeus na Polónia e a sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos até à transferência de todos para o infame campo de concentração, comandado pelo sociopata Amon Goeth.
É impossível não ficarmos emocionados com o poder das cenas chocantes de mulheres, homens e crianças friamente assassinados com tiros na cabeça, actos de uma crueldade insuportável.
Inicialmente, Schindler era visto como um homem ganancioso e aproveitador, deprovido de valores morais, que pretendia "subir na vida" à custa da devoção e da situação lastimável dos "mais fracos", aqueles cuja liberdade lhes foi "sancionada" e que viviam a vida segundo ordens lamentáveis dos mais poderosos.
No entanto, ao aperceber-se da situação – sendo a menina do vestido vermelho (único vestígio de cor ao longo de todo o filme) a personagem mais significante para tal – Schindler decide mover rios e montanhas para reunir o número máximo de judeus, trabalhadores na sua fábrica, na tentativa de os proteger dos nazis e, posteriormente, de lhes proporcionar a liberdade e o direito à vida.
Um vasto número de pessoas vivas hoje, entre sobreviventes directos e seus descendentes, deriva dessa lista do industrial alemão Schindler.
Isto passou-se já há uns anos mas, actualmente, há inúmeros casos de "atentados" à dignidade humana que, por indiferença por parte da sociedade ou por medo em expressar-se, não são conhecidos e divulgados.
Cada qual deve manifestar a sua sensibilidade e contribuir para a liberdade do outro, pois…

…''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro!'' (a Schindler) 


Raquel Vieira, 12º B


VII TORNEIO “CONCELHO DE VAGOS” EM TÉNIS DE MESA

No pavilhão municipal de Vagos decorreu o VII Torneio nacional “Concelho de Vagos na modalidade de Ténis de Mesa., nos esclões de Iniciados, Infantis e Cadetes em ambos os sexos, nos dias 13 e 14 de Novembro.
Considerado e classificado como o melhor Torneio nacional jovem, são muitos os clubes interessados em inscrever os seus atletas e estes ultrapassaram as três centenas.
Foi uma grande jornada em prol do Ténis de Mesa, num pavilhão ainda em obras de restauração, num fim de semana chovoso, com uma interessante moldura de apaixonados pela modalidade, dando um aspecto muitissimo agradável às bancadas, com atletas oriundos do continente e ilhas, arbitrados por capacitados árbitros nacionais.
Presente esteve o vereador do desporto, ex-vereador do desporto, dirigentes da Associação e Federação entre outros que contribuiram para mais um êxito do Torneio.
A organizar esteve o Colégio de Calvão, a Associação e Federação, em que contou-se com o apoio da Câmara Municipal de vagos, Bombeiros de Vagos, Lactogal, Restaurante Rampinha, Supermercados Cortiço, Brôa do João, Intermarché de Mira e da fisioterapeuta Luísa Mota.

Alex Portilla

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FEIRA DO LIVRO

Está a decorrer, entre 12 e 17 de Dezembro, no espaço da Biblioteca Escolar, a Feira do Livro, em parceria com a Livraria Titocas.
Aproveita para a visitar, descobrir novas aventuras e leituras... e comprar alguns livros nesta época de Natal.




 

EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS - Curso EFA - Técnico de Acção Educativa

Visita, de 13 a 17 de Dezembro, no espaço da Bibibloteca Escolar, a exposição de trabalhos realizados ao longo do curso EFA - Técnico de Acção Educativa.







segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os Direitos Humanos

·         “Entre 1992-1995, na guerra da Bósnia-Herzegovina, milhares de raparigas e mulheres foram violadas, a maior parte das vezes, com extrema brutalidade.”;
·         “Todos os dias, pelo menos 8000 raparigas e mulheres no mundo sofrem a indignidade de, contra a sua vontade, serem alvo de mutilação genital feminina.”;
·          “Em 1991, Reggie Clemons foi condenado à morte em St. Louis, Missouri, por ter sido cúmplice no assassinato de duas jovens mulheres caucasianas, as irmãs Julie e Robin Kerry. Outros dois jovens afro-americanos foram condenados pelo mesmo crime, incluindo Marlin Gray (executado em 2005). Clemons manteve desde sempre a sua inocência e o caso ilustra algumas das falhas existentes no sistema penal norte-americano.”;
·         Na Indonésia está em vigor uma lei que prevê o apedrejamento até à morte por adultério e a condenação a 100 chicotadas por homossexualidade;
·         “Na manhã de dia 1 de Maio, as autoridades iranianas executaram Delara Darabi, de 22 anos, na Prisão Central de Rasht;”
·         Na Somália, a população civil está a ser ameaçada. Os homicídios, a pilhagem e as violações fazem parte da vida naquele país;
·         As autoridades tunisinas continuam a cometer violações dos direitos humanos em nome da segurança e do contra-terrorismo e, no entanto, outros estados continuam a repatriar à força, ou ameaçar fazê-lo, cidadãos tunisinos que enfrentam risco de tortura e outras ameaças, se regressarem à Tunísia, afirmou a Amnistia Internacional no momento da publicação de um novo relatório.
                Estes são apenas alguns exemplos do atentado que se assiste diariamente à carta dos direitos humanos. São apenas 30 os artigos que dela fazem parte. Apenas 30! Os mesmos 30 que são diariamente desrespeitados e violados! 30 Artigos que se resumem em apenas num: No de que somos iguais! No de que todos temos o direito à vida, à liberdade de falar e crer, à paz, à justiça, …, independentemente da nossa, minha e tua nacionalidade, sexo, orientação sexual, raça, religião ou convicção político-filosófica. São direitos que não resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, são direitos que a sociedade política tem o dever de consagrar e garantir.
                No entanto, este conceito, como ilustrado, não é aceite nas diversas culturas continuando muitos destes direitos a ser desrespeitados.
              Como Grupo da Amnistia Internacional do Colégio de Calvão apelamos ao bom senso de cada um para diminuir o número de atentados aos direitos humanos. E porque és igual a nós e a todos os que vêm os seus direitos revogados dia após dia tens o dever de identificar e alertar para casos de violação destes direitos.
“Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.” (Mahatma Gandhi).
Ajuda-nos a mover o mundo!

Grupo da Amnistia do Colégio de Calvão

sábado, 11 de dezembro de 2010

Dia 08.12.2010 - Colégio de Cernache - 1º Convívio

Circuito de Amigos do Minivoleibol - Zona Centro

O Professor Luís Vidal do Clube de Voleibol da Lousã, com o apoio incondicional dos Clubes (Colégio de Calvão, Frei Gil Volei Clube, CAIC Cernache, AAC Coimbra e Clube de Voleibol de Aveiro), lançaram a primeira pedra deste evento através do facebook, e convidaram todas as equipas do País, para a dinamização da modalidade. Foi feita uma primeira reunião em Coimbra, oficializamos um Calendário Anual de Actividades e com o grande espírito de entre-ajuda o 1º encontro foi logo um sucesso!
O Plano Anual de Actividades das MINIS do Colégio de Calvão, logo nesta primeira época inaugural já está repleta de treinos e jogos o que irá permitir uma boa evolução técnica das nossas jovens debutantes na modalidade.
No encontro de Cernache, foram movimentados 9 campos durante toda a manhã com 220 atletas oriundas de vários clubes do Centro e nem só.
Os objectivos nesta 1ª etapa foram conseguidos: todos puderam conviver, os pais estiveram presentes e super animados nas bancadas e ainda foi proporcionado um número considerável de jogos para todos os participantes.
Prevê-se uma grande adesão para o 2º Encontro que será realizado no IPSB de Bustos, durante a manhã do próximo dia 18.
Durante estas férias de Natal os treinos não param e as meninas do Colégio de Calvão, irão realizar durante as duas semanas da pausa escolar, treinos especiais em regime de concentração/estágio.
As estudantes das Escolas de Mira e de Vagos que ainda não aderiram o nosso Projecto de Escola de Referência Desportiva, poderão aparecer nestes dias para experimentar a modalidade e conhecer o nosso grupo:
  • 1º ESTÁGIO - DIA 21 - 10H ; DIA 22 - 10H e 15H30 ; DIA 23 - 10H e 15H + JANTAR DE AMIGO INVISÍVEL - 20H30.
  • 2º ESTÁGIO - DIA 27 - 10H e 15H30 ; DIA 28 - 10H e 15H30 ; DIA 29 - 10H.
Todo o Plano Anual de Actividades das MINIS COLCAL VOLEIBOL, encontra-se disponível no blog www.colcalvolei.blogs.sapo.pt
Quanto ao Calendário Anual de Eventos do CAMIVOL, está disponível em: http://www.facebook.com/pages/Camivol-ZC/102894399784434
Numa próxima oportunidade estaremos agradecendo especificamente os nossos patrocinadores, que tem colaborado para a aquisição de equipamentos de jogo, treinos e passeio.
Está previsto a participação do Colégio de Calvão nas Competições do Desporto Escolar, com início em Janeiro, no Carnavolei da Lousã - férias do Carnaval, no TIVE de Esmoriz na Páscoa e No Summer Cup da Lousã em Junho.
E como já vem sendo hábito, no verão estaremos sempre em movimento na Praia de Mira.

Márcio França


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UM SERVIÇO A PORTUGAL QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO, NEM ASSASSINADO!


Apesar da tarde chuvosa de domingo, foram mais de duas mil as pessoas que se juntaram hoje, domingo, dia 5 de Dezembro de 2010, no pavilhão do Colégio de Calvão, Vagos, na iniciativa promovida pelas Associações de Pais dos colégios de Bustos (Instituto de Promoção Social da Bairrada), de Mogofores (Colégio de S. João Bosco), de Famalicão de Anadia (Colégio de Nossa Senhora da Assunção) e de Calvão (Colégio de Nossa Senhora da Apresentação), às quais se juntaram muitas representações de outras Associações de Pais e direcções de escolas do ensino particular e cooperativo do país.
Sob o lema “Pela escolha da educação, contra a imposição!”, o moderador da assembleia, P.e Querubim Silva, lembrou as palavras recentemente publicadas pelo Professor Mário Pinto, denunciando o facto de José Sócrates ter aprovado e enviado para promulgação do Presidente da República um projecto de decreto-lei que destrói conquistas do actual regime legal das liberdades de ensino que estão em vigor há mais de 30 anos. 
Para o Eng.º Jorge Cotovio, Secretário Geral da Associação Portuguesa de Escolas Católicas, os 36 anos de democracia não foram suficientes para consolidar a liberdade. Por isso, um Governo de tendências totalitárias, hipócrita e esbanjador, invoca pretextos financeiros para desferir contra o ensino não estatal um ataque ideológico. Na realidade, só os colégios com contrato de associação poupam ao Estado mais de 50 milhões de euros por ano e não se percebe como é que o Governo, preocupado com a poupança dos dinheiros públicos, tem gasto dinheiro na construção e ampliação de escolas onde o serviço público de ensino está assegurado por colégios. Também custa a perceber como é que o fecho das escolas privadas e o consequente ingresso dos seus alunos nas escolas estatais, de funcionamento mais caro, farão poupar dinheiro ao Estado.
O ex-Director Regional de Educação do Centro, Doutor José Manuel Silva, incentivou os pais que, como ele, estão indignados contra o que o Governo de José Sócrates, a “força da reacção”, quer fazer, a não ficarem em casa e a gritarem que basta, que isto não passará, porque não podemos deixar que nos roubem a liberdade que tanto nos custou a conquistar. Na sua perspectiva, o Estado devia contratualizar as escolas estatais como faz em relação às que o não são, de gestão bem mais eficaz do que a daquelas.
Por isso, segundo o Dr. Virgílio Mota, do Colégio de S.Miguel, de Fátima, parece que estamos a andar para trás na História e se vierem a concretizar-se os incompreensíveis cortes de 30% no financiamento às escolas com contrato de associação, quando se fala em 11% para as do Estado, isso significará, juntamente com a legislação anunciada, o encerramento de muitas daquelas escolas.
O Dr. João Aceiro, Presidente da Federação Nacional de Associações de Pais das Escolas Católicas e alguns dos testemunhos dos pais presentes reforçaram a ideia de que escolheram a escola para os seus filhos devido aos princípios e aos valores educativos que se vivem nelas. Dizem também não compreender que a extinção seja o prémio merecido por quem faz uma gestão eficiente e controlada, com bons resultados educativos. Mostraram-se ainda determinados a irem até onde for preciso, sem arruaças, mas com uma mobilização organizada que provoque a ‘agitação social’ necessária para fazer prevalecer os direitos dos pais consagrados na Constituição Portuguesa e para exigir que o decreto-lei ora aprovado pelo Governo venha a ser discutido e alterado na Assembleia da República.
Para D. António Marcelino “o povo é quem mais ordena” e se o exercício de poder não for um serviço, torna-se num abuso, que tem de ser denunciado e corrigido por cidadãos conscientes e activos.

O actual Bispo de Aveiro, D. António Francisco, comunicou à assembleia a solidariedade da Igreja, que está ao lado dos alunos e dos pais dos colégios do país, que prestam há muito e têm condições para continuar a prestar um serviço a Portugal que não pode ser esquecido nem assassinado.
Anunciaram-se novas e persistentes formas de luta por esta causa, entre as quais se insere a organização de um plano que leve as escolas do ensino particular e cooperativo a cantar as Janeiras às portas de alguns dos nossos governantes, todos os dias, durante dois meses.

Dia da Floresta Autóctone

 


Nos passados dias 23 e 30 de Novembro, comemorámos, no Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação, em Vagos, o Dia da Floresta Autóctone.
Esta actividade foi precedida por recolha de informação acerca das características da floresta autóctone, fauna, flora existentes na nossa região, construção de apresentações, e confecção de cartazes publicitando o dia no Colégio.
No dia propriamente dito, 23 de Novembro, tinhamos 15 pinheiros bravos e 3 mansos, oferecidos, respectivamente, pela Camara Municipal de Vagos e pela FAPAS,  uma turma entusiasmada (5ºC) de 28 alunos e uma participação especial de 15 alunos de Educação Musical, que nos deram o ritmo para a plantação. Uns a Plantar outros a Rufar.
Foi actividade a mais para o pouco tempo que dispusemos e, por isso, no dia 30 vo
ltámos.
Estes pinheiros integram-se dentro da mancha florestal existente nos espaços envolventes, e esperamos que também se integrem nas boas experiências dos nossos alunos.


domingo, 5 de dezembro de 2010

1º Encontro de Escolas Católicas da Diocese de Aveiro


            Realizou-se, no passado dia 27 de Novembro, em Bustos, no Colégio IPSB - Frei Gil, o primeiro de três encontros deste ano lectivo dos alunos dos quatro colégios católicos diocesanos: Famalicão (Anadia), Mogofores, Bustos e Calvão.
            Como nos encontros anteriores, fomos todos acolhidos pelos responsáveis do evento (neste caso, professores e auxiliares) que nos apresentaram as diversas actividades que nos esperavam ao longo do dia. De seguida, reunimo-nos no bar da escola para lancharmos e revermos amigos que tínhamos feito em encontros anteriores. Após recarregarmos energias, dividimo-nos em grupos e foram-nos atribuídas tarefas com base no tema inicial “Jesus vem! Reza, acolhe e constrói com solidariedade”.
            No decorrer do dia houve tempo para tudo! Cantámos, dançámos, brincámos, convivemos, divertimo-nos e sobretudo aprendemos imenso! Realizámos diversas actividades pedagógicas e, depois do almoço, finalizámos as tarefas e apresentámo-las aos restantes grupos. Entre pequenas representações, músicas e leituras, fomos apresentando o que tínhamos realizado durante todo o dia.
            No final, fizemos uma pequena e simbólica eucaristia para agradecermos o nosso magnífico dia.
            Agora, esperamos ansiosamente pelo próximo encontro, a realizar em Calvão.

Mariana Sousa, 10ºA, e Zulmira Ferreira, 10ºB

sábado, 4 de dezembro de 2010

CAMPANHA DE NATAL – Recolha de Material escolar e livros

Um grupo de alunos do nosso Colégio, em Área de Projecto – 12º ano, subordinado ao tema "Desenvolvimento Sustentável, Combate à Pobreza - ODM 2", está a fazer uma recolha de material escolar (em boas condições) e livros (que não estejam danificados) para entregar à Escola Padre Moniz, localizada em Cabo Verde, que está neste momento com algumas dificuldades financeiras.
Neste momento, a recolha centra-se na campanha de Natal do Colégio, mas pretende-se prolongá-la até ao final do Ano Lectivo.
Por isso, pedimos a todos os que puderem que ajudem a recolher o máximo de material possível.
Pedimos, em particular, aos alunos que participem activamente na campanha que está neste momento a decorrer no Colégio e aos restantes membros da comunidade educativa que participem divulgando e/ou contribuindo com material.
O grupo de trabalho,
Cândida, Verónica, Inês, Jessica e Sónia (12º A)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ser Eco-Escola

     Desde já alguns anos somos considerados uma eco-escola, e para isso continuar a acontecer, não é demais lembrar que colocar o lixo nos seus respectivos contentores (e não no chão) é algo de extrema importância e que todos devemos ter em conta.
     Pedimos uma especial atenção a este assunto, a todos os membros do Colégio, para podermos manter o nosso estatuto de que tanto nos orgulhamos.


                                                                       Carmen Silva


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RECRIAÇÃO 3 DA HISTÓRIA DO GATO MALHADO E DA ANDORINHA SINHÁ

(…)
O Gato Malhado decidiu, então, meter conversa com a Andorinha:
- Então, senhora Andorinha, conte-me o que a levou a ter ficado por cá, longe dos seus pais…
- Sabes, Gato, às vezes temos que fazer escolhas na vida, mesmo que não sejam as mais acertadas, porque a vida não é fácil. Durante todo o nosso percurso cá na Terra, teremos que tomar decisões, todas elas com vantagens e desvantagens, e nós é que decidimos se queremos correr o risco de seguir tais caminhos que nos podem trazer felicidade, ou de tomar sempre o mesmo rumo, que até pode ser mais seguro, mas não tão aliciante e inesperado.
- Hum... não percebo o porquê de tanta filosofia!
- Mas vais ver que um dia ainda vais perceber. – disse a Andorinha que, levantando voo, se dirigiu para a outra ponta da floresta.
O Gato Malhado ficou intrigado e muito pensativo… Porque seria que a Andorinha tinha tomado a decisão de ficar longe dos seus pais? Porque é que ela não tinha fugido com eles? – interrogava-se o Gato.
Como já estava escuro e o Gato se encontrava agora sozinho no meio da floresta, decidiu ir para sua casa. Já quase a chegar ao esconderijo, o Gato lembrou-se de ir ter com a sua amiga raposa Teodora. Bateu à porta e entrou:
- Teodora?! Sou eu, o Gato Malhado. Estás aí?
- Estou, sim. Entra! Estou aqui na sala. – disse a raposa.
- Então, como estás, Teodora? – perguntou o Gato com um ar ternurento.
- Eu estou sempre bem! Mas conta-me, o que te traz por cá?
- Sabes, querida raposa, é que hoje, ao andar pela floresta, encontrei a dona Andorinha sozinha num ramo de uma árvore. Achei estranho ela não ter fugido com os seus pais e, então, decidi perguntar-lhe o porquê dessa decisão. Então, ela veio-me com uma filosofia de vida que me deixou a pensar…
- Estou a ver… Então e depois?
- Depois, foi-se embora muito misteriosamente. Mas sabes, Teodora, o mais incrível disto tudo é que ela me cativou! Não sei como, em tão pouco tempo! A verdade é que fiquei com vontade de a conhecer melhor. Talvez amanhã a vá procurar. O que me dizes?
- Eu acho que fazes muito bem! - disse a raposa com um ar meiguinho.
- E, então, no dia seguinte, lá foi o Gato Malhado pelo bosque fora à procura da Andorinha Sinhá. Procurou, procurou e procurou, até que a foi encontrar junto a um lago a chorar.
- Porque choras? – perguntou-lhe o Gato muito preocupado.
- A minha vida está toda de pernas para o ar! Estou sem os meus pais, não tenho lar e…
- E?!...
- Não me apetece falar sobre isso…
- Está bem. Tu é que sabes, Andorinha. E é assim: quanto ao lar, podes ficar em minha casa! Eu até agradecia, porque, como deves imaginar, viver sozinho não é muito agradável.
- Obrigada! – exclamou a Andorinha Sinhá, cheia de entusiasmo.
E foi então que tudo aconteceu: com o passar dos dias a Andorinha e o Gato deixaram-se cativar um pelo outro, e,  a cada dia que passava, tornavam-se cada vez mais e mais amigos! Passeavam pelos campos floridos; apreciavam o perfume das flores, que pairava no ar; observavam a lua cheia e cantavam ao luar; brincavam pelo bosque… Tudo corria bem, até ao dia em que a família da Andorinha Sinhá a foi buscar para irem viver para outro lado. A Andorinha não tinha escolha. Tinha mesmo que ir, por muito que lhe custasse… Mas o problema é que ela já não conseguia viver sem o Gato, pois tinha-se afeiçoado bastante a ele, e, embora ela não quisesse admitir, pois era envergonhada e reservada, o que sentia pelo amigo Gato Malhado era mais que uma simples amizade! A relação que se havia estabelecido entre eles era especial e era por isso que a Andorinha não se queria mudar para outro sítio… Mas não era a única a não querer mudar-se… Também o nosso amigo Gato Malhado era contar essa mudança. Também ele estava triste e desolado, por ter de se distanciar da sua tão querida amiga Andorinha Sinhá. E foi graças a toda esta tristeza, pela qual o Gato Malhado se deixou envolver, que ele tomou uma decisão: ir com Sinhá e com a sua família para outro lugar. Como a decisão não podia ser tomada só por ele, o Gato foi falar com a Andorinha:
- Sinhá, eu sei que talvez não seja a melhor altura para falarmos, mas tenho uma coisa para te dizer…
- Estás à vontade, podes dizer.
- É assim, eu tomei uma decisão!
- Que decisão?
- Pronto, eu vou directo ao assunto: vou contigo e com a tua família para onde quer que vocês forem! Já não me imagino a viver sem ti.
- Não, Achas?! Tu não podes abandonar assim tudo de um dia para o outro!
- Mas eu quero, eu quero fazer isto pela nossa amizade. Lembras-te de quando nos conhecemos e eu te perguntei o porquê de não teres ido com os teus pais?
- Sim, lembro. Mas…
- Mas, espera! Tu depois explicaste-me que às vezes temos que fazer escolhas na vida, que nem sempre são as mais acertadas e fáceis. E agora chegou a minha vez. A vez de eu tomar uma decisão, que, embora eu saiba que poderá ser muito arriscada, é a que me vai deixar mais feliz e satisfeito. Quero seguir um novo rumo na minha vida. Quero poder ser feliz contigo, mesmo que isso me faça correr riscos! A minha amizade por ti leva-me a querer ir mais além. E é isso que eu quero fazer: ir contigo, para onde quer que tu vás! Tal como tu, no início, tinhas tomado a decisão de ficares longe dos teus pais, eu agora quero tomar esta decisão. E também te lembras de me dizeres que eu um dia ainda ia perceber toda aquela filosofia? Tinhas toda a razão; hoje eu percebo tudo aquilo que me quiseste dizer e acho que tinha toda a razão…
- Sim, é verdade. Eu acho que por mim e pela minha família não haverá qualquer problema se tu vieres connosco, mas tu é que tens de saber se é mesmo isto que queres. Pelo que tu disseste, parece que sim; no entanto, devias pensar melhor nesta tua escolha, não achas?
- Não, Andorinha, eu tenho a certeza que é mesmo isto que quero!
Bem, caro leitor, e agora consegues adivinhar o que aconteceu? Eu cá consigo: o Gato despediu-se dos seus amigos e pertences e lá foi ele, juntamente com a sua querida amiga Andorinha, para outro sítio começar uma vida nova!
Vitória, vitória, acabou-se a história…
Espero que tenhas gostado, querido leitor. E se quiseres saber o que aconteceu daqui para a frente na nova vida do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá, terás que comprar o segundo volume desta colecção…
Mariana Oliveira, n.º 25, 8º D

Recriação 2 da História do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

[…] A Andorinha Sinhá e o Gato Malhado permaneceram ainda mais uns instantes parados, de olhar fixo um no outro, as bocas não se abriam, mas diziam as coisas mais belas do mundo…
Depois daqueles primeiros instantes, foi o Gato Malhado quem tomou a palavra:
-Sinhá! Estás aqui… Não tens medo de mim como os outros animais!?
-Medo!? Porque haveria de ter medo de ti? Posso  não te conhecer há muito tempo, mas conheço-te o suficiente para saber que és mais inofensivo que uma borboleta e que, se alguma vez cometeste algum erro, não foi por mal.
-Ninguém quer saber se foi ou não sem intenção. Ninguém quer estar comigo e amigos… Nem vê-los! – resmungou o Gato Malhado.
Ao ver o estado em que se encontrava o Gato, a Andorinha sentiu-se no dever de o alegrar:
-Não digas isso! Eu estou aqui e tenciono ser tua amiga! Anda daí, que o pôr-do-sol visto aqui de cima é mágico!
O Gato e a Andorinha passaram o resto desse dia ali, em cima daquele ramo de árvore a falar sobre o que os inquietava, o que os alegrava, os deixava tristes, aborrecidos ou até mesmo furiosos e descobriram que até tinham muitas coisas em comum e isso alegrou-os.
Foi nesse dia de primavera que a mais pura das amizades começou.
A Andorinha Sinhá e o Gato Malhado viviam, o que se chama de uma amizade verdadeira.
Passavam horas sem fim a conversar sobre tudo e mais alguma coisa, faziam longos passeios, o Gato Malhado a gatinhar e a Andorinha Sinhá em voo raso, não fossem eles perderem o rasto. Juntos, visitaram sítios que nunca pensaram existir, sítios tão belos e tão cordiais que pareciam perfeitos, perfeitos demais para existirem. Também viveram muitas aventuras.
Entre a fuga de um canil e as corridas em plena auto-estrada, tiveram tempo para viver loucas e emocionantes aventuras.
Mas a juventude foi passando e com ela foram também a agilidade e vivacidade que tanto os caracterizava.
O amor que sentiam um pelo outro não se desvaneceu, mas a amizade foi-se tornando cada vez mais monótona, chegando ao ponto mesmo, de passarem longos bocados sem nada dizer, como se quisessem falar, mas se sentissem fracos demais para o fazer. A única maneira de se rirem, era  se lhes vinha á cabeça, já velha e desgastada pelos anos, memórias de outros tempos, em que a felicidade e a aventura não acabavam.
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá eram um casal muito respeitado por todos. Eram considerados um exemplo de como se deve viver a vida e aproveitar cada instante.
Mas certa vez, a Andorinha Sinhá adoeceu gravemente.
Quando o médico Sapo Gabriel chegou para a tratar, logo se apercebeu da verdadeira gravidade da situação.
Sinhá já não conseguia movimentar as asas, fazia um esforço enorme para abrir os olhos e já não tinha forças sequer para comer.
O médico tentou de tudo, mas achou que seria um desperdício de tempo tentar remar contra a corrente. Sinhá estava no leito da morte, mais para lá do que para cá e foi isso que o  médico teve que explicar ao Gato Malhado.
Poucos instantes depois, Sinhá deu o seu último suspiro e depois…Morreu.
O funeral foi lindo. A campa da Andorinha estava coberta de imensas flores de todas as cores, que baloiçavam com o vento, na maior das naturalidades.
Nesse dia, no funeral, toda a vida da Andorinha fora contada e recontada, grande parte dela da boca do próprio Gato Malhado, que recordava assim, emocionado, os melhores momentos da sua vida.
A Andorinha Sinhá morreu realmente, mas o seu exemplo de amor para com o Gato Malhado foi contado de geração em geração e ainda hoje perdura como a mais bela e mais forte história de amor.
ANTÓNIO FANECA, Nº 4, 8ºD

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Visita de Estudo ao Castelo de Santa Maria da Feira

No dia 5 de Novembro , os alunos do 8º ano tiveram uma visita de estudo ao Castelo de Santa Maria da Feira .
As 5 turmas foram divididas em 3 autocarros . Arrancaram do colégio às 9:15 e chegaram ao Castelo por volta das 10:00 .
Quando chegámos , lanchámos e de seguida ouvimos a lenda do Castelo . Aí , dividiram-se novamente as turmas e deram a cada turma um nome . Nós eramos os Condes .
Entrámos no castelo, fomos por um grande túnel e chegámos a um lugar onde, os animadores, tinham preparado diversas actividades medievais . Estivemos a jogar jogos e aproveitámos para tirar fotos.
De seguida , assistimos a uma luta com escudos e espadas (que eram feitos de borracha ) , e também tivemos oportunidade de lutar .
Quando acabámos esta actividade, fomos aprender tiro com arco e jogámos um jogo de equipa com uma corda . Nesse lugar , a nossa turma , tirou um foto de turma , numa pequena fonte .

Quase no final , reuniram todas as turmas e assistimos a um pequeno filme sobre a história do Castelo .
Já no final , vimos outra luta entre os defensores do dragão e os do poder da Águia (torneio apeado). Após a luta , houve uma intervenção , do bobo , que nos mostrou alguns truques de magia e malabarismo .
Para acabar bem , fomos almoçar a um parque onde todos se divertiram bastante .
Regressámos novamente ao Colégio, por volta das 16:00 .
Gostámos imenso de visitar o Castelo de Santa Maria da Feira , foi bastante divertido e aprendemos coisas novas .
As alunas do 8ºA
Inês Carvalho e Silva . Nº21
Adriana Martins . Nº1

O QUE É QUE ACONTECEU AO DRAGÃO?

     Lembram-se do bicharoco com ar de dragão e negro como o carvão que, no ano passado, veio até ao colégio pelas mãos dos artistas André Mónica e Alexis Almeida e resolveu ficar à entrada do Secundário, para ver passar as cachopas?

     Assim sem mais nem quê, começou a perder a carcaça e a deixar à mostra o seu enorme coração azul…
     Aceitam-se hipóteses engraçadas para tentar explicar aos seus criadores o que terá acontecido…

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

RECRIAÇÃO 1 DA HISTÓRIA DO GATO MALHADO E DA ANDORINHA SINHÁ


“O Gato Malhado aspirou a plenos pulmões a Primavera recém-chegada. Sentia-se leve, gostaria de dizer palavras sem compromisso, de andar à toa, até mesmo de conversa com alguém. Procurou mais uma vez com os olhos pardos, mas não viu ninguém. Todos haviam fugido.
Não, todos não. No ramo de uma árvore a Andorinha Sinhá fitava o Gato Malhado e sorria-lhe. Somente ela não havia fugido. De longe seus pais a chamavam em gritos nervosos. E, dos seus esconderijos, todos os habitantes do parque miravam espantados a Andorinha Sinhá que sorria para o Gato Malhado. Em torno era Primavera, sonho de um poeta.”
Jorge Amado – O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ

Desde então, a Andorinha e o Gato Malhado ficaram bons amigos. Encontravam-se todos os dias.
Numa manhã bem quente de Primavera, o gato e a andorinha foram passear para a floresta, já que todos os outros animais tinham medo do Gato Malhado.
Pelo meio de um campo de flores iam conversando.
- Por que não tens medo de mim? Todos os outros têm! – Perguntou o gato.
- És feio, é bem verdade, e também tens cara de mauzão, mas não é por isso que vou ter medo – respondeu a andorinha.
- O meu nome é Gato Malhado, porque sou malhado e porque sou gato e tu és andorinha Sinhá porquê?  
- ‘Sinhá’ vem de sonhos, sonhadora e também porque sou bonita e esbelta como a Sinha Jardim –  respondeu a andorinha.
- E nada convencida – pensou o gato para si mesmo.
O gato sentiu-se estranho naquele dia. O seu pequeno coração de gato rancoroso palpitava mais que o costume. Ria-se por tudo e por nada.
- Será? Não pode. Eu? Como é possível? Um gato da minha categoria, que mete medo a toda a gente? Não pode… É tecnicamente impossível. – Pensava ele.
No regresso para casa iam falando de vários assuntos respeitantes ao mundo animal. Chegados a casa da andorinha, o gato diz:
- Adeus, andorinha!
- Adeus, gato! - Respondeu.
Após a entrada da andorinha em casa, o gato decidiu voltar também para a sua.
No caminho para casa o gato deparou-se com uma tabuleta que dizia:
“ Madame Mariana
Tudo vê, tudo sabe.
Pergunte e obterá resposta.”
Intrigado, o gato decidiu entrar.
Ao entrar, ficou pasmado: a Madame Mariana era uma arara com crista amarela e penugem branca, uma espécie de coroa na cabeça e anel na mão direita. Estava sentada a uma mesa com cartas e uma de bola transparente com base castanha , dentro da qual havia raios coloridos.
A tal Madame tinha as mãos na bola e os olhos em branco. Parecia possuída.
- Olá! Esta ai alguém? – Perguntou o gato Malhado.
- Olá, entre, amigo de quatro patas! – respondeu ela, com uma voz meio esganiçada, ou como dizem, de cana rachada.
O gato Malhado, meio atormentado, senta-se e pergunta.
- Como é estar apaixonado? Como sabemos? O que é o amor? Dói?
- O amor é uma coisa sentida, não dói. Estar apaixonado é gostar tanto de uma pessoa que só nos apetece estar com ela, pensamos nela a toda a hora. O amor é capaz de mudar uma pessoa. Para melhor ou para pior. – Respondeu.
O gato, intrigado com tudo o que ouviu, sai e segue o seu caminho para casa.
A casa do gato era negra, escura como as normais casas assombradas, tanto que os outros evitavam por lá passar. No tapete da entrada dizia: “Vão embora!”
Enquanto tomava banho, pensava na andorinha, enquanto se vestia e lavava os dentes, pensava nela. Tudo girava em torno da andorinha Sinhá. Agora o Gato Malhado sabia realmente o que se passava. Ele estava apaixonado.
Noutros dos tantos passeios dados por eles os dois, depararam-se com o Tornado, o cão mais temível dos cães nos quatro cantos do mundo. O maior cão, de olhos assustadores, negros e de olhar vazio.
O gato, para proteger a sua amada, disse:
- Sai daqui, cão!
Não, estou a brincar, não foi isso que se passou. Ao verem o Tornado ambos fugiram. A andorinha pelo ar e o gato a correr. Como o gato não corria muito e era preguiçoso, a andorinha gritou do ar:
- Prepara-te, gato!
- Preparo-me? – pensou o gato.
Antes de poder pensar alguma coisa a andorinha sobrevoou-o e levou-o consigo para os céus. Depois de o agarrar, disse:
- Além de feio, és gordo!
Chegados a um local mais seguro, pousou-o e foi-se embora. O gato ficou incomodado, mas para mostrar à Andorinha Sinhá que conseguia mudar, decidiu começar a emagrecer. Mas não conseguiu.
A Primavera acabara e o gato entristeceu, pois a Andorinha Sinhá tinha de se mudar, mas prometera-lhe que trocavam cartas.
Após a partida da andorinha, o gato mudou totalmente. Era mais feliz, mais sociável, fazia exercício físico e mudou a sua casa. Em vez de negra e escura, era amarela e bem iluminada. O tapete dizia: “Bem-vindo!”.      
O amor do gato pela andorinha tanto durou que mudou completamente o gato.
                                                                                                             
Daniela Gaspar nº13 8ºA

1º Encontro de Escolas Católicas da Diocese de Aveiro

Painéis de Azulejo