segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RECRIAÇÃO 3 DA HISTÓRIA DO GATO MALHADO E DA ANDORINHA SINHÁ

(…)
O Gato Malhado decidiu, então, meter conversa com a Andorinha:
- Então, senhora Andorinha, conte-me o que a levou a ter ficado por cá, longe dos seus pais…
- Sabes, Gato, às vezes temos que fazer escolhas na vida, mesmo que não sejam as mais acertadas, porque a vida não é fácil. Durante todo o nosso percurso cá na Terra, teremos que tomar decisões, todas elas com vantagens e desvantagens, e nós é que decidimos se queremos correr o risco de seguir tais caminhos que nos podem trazer felicidade, ou de tomar sempre o mesmo rumo, que até pode ser mais seguro, mas não tão aliciante e inesperado.
- Hum... não percebo o porquê de tanta filosofia!
- Mas vais ver que um dia ainda vais perceber. – disse a Andorinha que, levantando voo, se dirigiu para a outra ponta da floresta.
O Gato Malhado ficou intrigado e muito pensativo… Porque seria que a Andorinha tinha tomado a decisão de ficar longe dos seus pais? Porque é que ela não tinha fugido com eles? – interrogava-se o Gato.
Como já estava escuro e o Gato se encontrava agora sozinho no meio da floresta, decidiu ir para sua casa. Já quase a chegar ao esconderijo, o Gato lembrou-se de ir ter com a sua amiga raposa Teodora. Bateu à porta e entrou:
- Teodora?! Sou eu, o Gato Malhado. Estás aí?
- Estou, sim. Entra! Estou aqui na sala. – disse a raposa.
- Então, como estás, Teodora? – perguntou o Gato com um ar ternurento.
- Eu estou sempre bem! Mas conta-me, o que te traz por cá?
- Sabes, querida raposa, é que hoje, ao andar pela floresta, encontrei a dona Andorinha sozinha num ramo de uma árvore. Achei estranho ela não ter fugido com os seus pais e, então, decidi perguntar-lhe o porquê dessa decisão. Então, ela veio-me com uma filosofia de vida que me deixou a pensar…
- Estou a ver… Então e depois?
- Depois, foi-se embora muito misteriosamente. Mas sabes, Teodora, o mais incrível disto tudo é que ela me cativou! Não sei como, em tão pouco tempo! A verdade é que fiquei com vontade de a conhecer melhor. Talvez amanhã a vá procurar. O que me dizes?
- Eu acho que fazes muito bem! - disse a raposa com um ar meiguinho.
- E, então, no dia seguinte, lá foi o Gato Malhado pelo bosque fora à procura da Andorinha Sinhá. Procurou, procurou e procurou, até que a foi encontrar junto a um lago a chorar.
- Porque choras? – perguntou-lhe o Gato muito preocupado.
- A minha vida está toda de pernas para o ar! Estou sem os meus pais, não tenho lar e…
- E?!...
- Não me apetece falar sobre isso…
- Está bem. Tu é que sabes, Andorinha. E é assim: quanto ao lar, podes ficar em minha casa! Eu até agradecia, porque, como deves imaginar, viver sozinho não é muito agradável.
- Obrigada! – exclamou a Andorinha Sinhá, cheia de entusiasmo.
E foi então que tudo aconteceu: com o passar dos dias a Andorinha e o Gato deixaram-se cativar um pelo outro, e,  a cada dia que passava, tornavam-se cada vez mais e mais amigos! Passeavam pelos campos floridos; apreciavam o perfume das flores, que pairava no ar; observavam a lua cheia e cantavam ao luar; brincavam pelo bosque… Tudo corria bem, até ao dia em que a família da Andorinha Sinhá a foi buscar para irem viver para outro lado. A Andorinha não tinha escolha. Tinha mesmo que ir, por muito que lhe custasse… Mas o problema é que ela já não conseguia viver sem o Gato, pois tinha-se afeiçoado bastante a ele, e, embora ela não quisesse admitir, pois era envergonhada e reservada, o que sentia pelo amigo Gato Malhado era mais que uma simples amizade! A relação que se havia estabelecido entre eles era especial e era por isso que a Andorinha não se queria mudar para outro sítio… Mas não era a única a não querer mudar-se… Também o nosso amigo Gato Malhado era contar essa mudança. Também ele estava triste e desolado, por ter de se distanciar da sua tão querida amiga Andorinha Sinhá. E foi graças a toda esta tristeza, pela qual o Gato Malhado se deixou envolver, que ele tomou uma decisão: ir com Sinhá e com a sua família para outro lugar. Como a decisão não podia ser tomada só por ele, o Gato foi falar com a Andorinha:
- Sinhá, eu sei que talvez não seja a melhor altura para falarmos, mas tenho uma coisa para te dizer…
- Estás à vontade, podes dizer.
- É assim, eu tomei uma decisão!
- Que decisão?
- Pronto, eu vou directo ao assunto: vou contigo e com a tua família para onde quer que vocês forem! Já não me imagino a viver sem ti.
- Não, Achas?! Tu não podes abandonar assim tudo de um dia para o outro!
- Mas eu quero, eu quero fazer isto pela nossa amizade. Lembras-te de quando nos conhecemos e eu te perguntei o porquê de não teres ido com os teus pais?
- Sim, lembro. Mas…
- Mas, espera! Tu depois explicaste-me que às vezes temos que fazer escolhas na vida, que nem sempre são as mais acertadas e fáceis. E agora chegou a minha vez. A vez de eu tomar uma decisão, que, embora eu saiba que poderá ser muito arriscada, é a que me vai deixar mais feliz e satisfeito. Quero seguir um novo rumo na minha vida. Quero poder ser feliz contigo, mesmo que isso me faça correr riscos! A minha amizade por ti leva-me a querer ir mais além. E é isso que eu quero fazer: ir contigo, para onde quer que tu vás! Tal como tu, no início, tinhas tomado a decisão de ficares longe dos teus pais, eu agora quero tomar esta decisão. E também te lembras de me dizeres que eu um dia ainda ia perceber toda aquela filosofia? Tinhas toda a razão; hoje eu percebo tudo aquilo que me quiseste dizer e acho que tinha toda a razão…
- Sim, é verdade. Eu acho que por mim e pela minha família não haverá qualquer problema se tu vieres connosco, mas tu é que tens de saber se é mesmo isto que queres. Pelo que tu disseste, parece que sim; no entanto, devias pensar melhor nesta tua escolha, não achas?
- Não, Andorinha, eu tenho a certeza que é mesmo isto que quero!
Bem, caro leitor, e agora consegues adivinhar o que aconteceu? Eu cá consigo: o Gato despediu-se dos seus amigos e pertences e lá foi ele, juntamente com a sua querida amiga Andorinha, para outro sítio começar uma vida nova!
Vitória, vitória, acabou-se a história…
Espero que tenhas gostado, querido leitor. E se quiseres saber o que aconteceu daqui para a frente na nova vida do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá, terás que comprar o segundo volume desta colecção…
Mariana Oliveira, n.º 25, 8º D

Recriação 2 da História do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

[…] A Andorinha Sinhá e o Gato Malhado permaneceram ainda mais uns instantes parados, de olhar fixo um no outro, as bocas não se abriam, mas diziam as coisas mais belas do mundo…
Depois daqueles primeiros instantes, foi o Gato Malhado quem tomou a palavra:
-Sinhá! Estás aqui… Não tens medo de mim como os outros animais!?
-Medo!? Porque haveria de ter medo de ti? Posso  não te conhecer há muito tempo, mas conheço-te o suficiente para saber que és mais inofensivo que uma borboleta e que, se alguma vez cometeste algum erro, não foi por mal.
-Ninguém quer saber se foi ou não sem intenção. Ninguém quer estar comigo e amigos… Nem vê-los! – resmungou o Gato Malhado.
Ao ver o estado em que se encontrava o Gato, a Andorinha sentiu-se no dever de o alegrar:
-Não digas isso! Eu estou aqui e tenciono ser tua amiga! Anda daí, que o pôr-do-sol visto aqui de cima é mágico!
O Gato e a Andorinha passaram o resto desse dia ali, em cima daquele ramo de árvore a falar sobre o que os inquietava, o que os alegrava, os deixava tristes, aborrecidos ou até mesmo furiosos e descobriram que até tinham muitas coisas em comum e isso alegrou-os.
Foi nesse dia de primavera que a mais pura das amizades começou.
A Andorinha Sinhá e o Gato Malhado viviam, o que se chama de uma amizade verdadeira.
Passavam horas sem fim a conversar sobre tudo e mais alguma coisa, faziam longos passeios, o Gato Malhado a gatinhar e a Andorinha Sinhá em voo raso, não fossem eles perderem o rasto. Juntos, visitaram sítios que nunca pensaram existir, sítios tão belos e tão cordiais que pareciam perfeitos, perfeitos demais para existirem. Também viveram muitas aventuras.
Entre a fuga de um canil e as corridas em plena auto-estrada, tiveram tempo para viver loucas e emocionantes aventuras.
Mas a juventude foi passando e com ela foram também a agilidade e vivacidade que tanto os caracterizava.
O amor que sentiam um pelo outro não se desvaneceu, mas a amizade foi-se tornando cada vez mais monótona, chegando ao ponto mesmo, de passarem longos bocados sem nada dizer, como se quisessem falar, mas se sentissem fracos demais para o fazer. A única maneira de se rirem, era  se lhes vinha á cabeça, já velha e desgastada pelos anos, memórias de outros tempos, em que a felicidade e a aventura não acabavam.
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá eram um casal muito respeitado por todos. Eram considerados um exemplo de como se deve viver a vida e aproveitar cada instante.
Mas certa vez, a Andorinha Sinhá adoeceu gravemente.
Quando o médico Sapo Gabriel chegou para a tratar, logo se apercebeu da verdadeira gravidade da situação.
Sinhá já não conseguia movimentar as asas, fazia um esforço enorme para abrir os olhos e já não tinha forças sequer para comer.
O médico tentou de tudo, mas achou que seria um desperdício de tempo tentar remar contra a corrente. Sinhá estava no leito da morte, mais para lá do que para cá e foi isso que o  médico teve que explicar ao Gato Malhado.
Poucos instantes depois, Sinhá deu o seu último suspiro e depois…Morreu.
O funeral foi lindo. A campa da Andorinha estava coberta de imensas flores de todas as cores, que baloiçavam com o vento, na maior das naturalidades.
Nesse dia, no funeral, toda a vida da Andorinha fora contada e recontada, grande parte dela da boca do próprio Gato Malhado, que recordava assim, emocionado, os melhores momentos da sua vida.
A Andorinha Sinhá morreu realmente, mas o seu exemplo de amor para com o Gato Malhado foi contado de geração em geração e ainda hoje perdura como a mais bela e mais forte história de amor.
ANTÓNIO FANECA, Nº 4, 8ºD

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Visita de Estudo ao Castelo de Santa Maria da Feira

No dia 5 de Novembro , os alunos do 8º ano tiveram uma visita de estudo ao Castelo de Santa Maria da Feira .
As 5 turmas foram divididas em 3 autocarros . Arrancaram do colégio às 9:15 e chegaram ao Castelo por volta das 10:00 .
Quando chegámos , lanchámos e de seguida ouvimos a lenda do Castelo . Aí , dividiram-se novamente as turmas e deram a cada turma um nome . Nós eramos os Condes .
Entrámos no castelo, fomos por um grande túnel e chegámos a um lugar onde, os animadores, tinham preparado diversas actividades medievais . Estivemos a jogar jogos e aproveitámos para tirar fotos.
De seguida , assistimos a uma luta com escudos e espadas (que eram feitos de borracha ) , e também tivemos oportunidade de lutar .
Quando acabámos esta actividade, fomos aprender tiro com arco e jogámos um jogo de equipa com uma corda . Nesse lugar , a nossa turma , tirou um foto de turma , numa pequena fonte .

Quase no final , reuniram todas as turmas e assistimos a um pequeno filme sobre a história do Castelo .
Já no final , vimos outra luta entre os defensores do dragão e os do poder da Águia (torneio apeado). Após a luta , houve uma intervenção , do bobo , que nos mostrou alguns truques de magia e malabarismo .
Para acabar bem , fomos almoçar a um parque onde todos se divertiram bastante .
Regressámos novamente ao Colégio, por volta das 16:00 .
Gostámos imenso de visitar o Castelo de Santa Maria da Feira , foi bastante divertido e aprendemos coisas novas .
As alunas do 8ºA
Inês Carvalho e Silva . Nº21
Adriana Martins . Nº1

O QUE É QUE ACONTECEU AO DRAGÃO?

     Lembram-se do bicharoco com ar de dragão e negro como o carvão que, no ano passado, veio até ao colégio pelas mãos dos artistas André Mónica e Alexis Almeida e resolveu ficar à entrada do Secundário, para ver passar as cachopas?

     Assim sem mais nem quê, começou a perder a carcaça e a deixar à mostra o seu enorme coração azul…
     Aceitam-se hipóteses engraçadas para tentar explicar aos seus criadores o que terá acontecido…

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

RECRIAÇÃO 1 DA HISTÓRIA DO GATO MALHADO E DA ANDORINHA SINHÁ


“O Gato Malhado aspirou a plenos pulmões a Primavera recém-chegada. Sentia-se leve, gostaria de dizer palavras sem compromisso, de andar à toa, até mesmo de conversa com alguém. Procurou mais uma vez com os olhos pardos, mas não viu ninguém. Todos haviam fugido.
Não, todos não. No ramo de uma árvore a Andorinha Sinhá fitava o Gato Malhado e sorria-lhe. Somente ela não havia fugido. De longe seus pais a chamavam em gritos nervosos. E, dos seus esconderijos, todos os habitantes do parque miravam espantados a Andorinha Sinhá que sorria para o Gato Malhado. Em torno era Primavera, sonho de um poeta.”
Jorge Amado – O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ

Desde então, a Andorinha e o Gato Malhado ficaram bons amigos. Encontravam-se todos os dias.
Numa manhã bem quente de Primavera, o gato e a andorinha foram passear para a floresta, já que todos os outros animais tinham medo do Gato Malhado.
Pelo meio de um campo de flores iam conversando.
- Por que não tens medo de mim? Todos os outros têm! – Perguntou o gato.
- És feio, é bem verdade, e também tens cara de mauzão, mas não é por isso que vou ter medo – respondeu a andorinha.
- O meu nome é Gato Malhado, porque sou malhado e porque sou gato e tu és andorinha Sinhá porquê?  
- ‘Sinhá’ vem de sonhos, sonhadora e também porque sou bonita e esbelta como a Sinha Jardim –  respondeu a andorinha.
- E nada convencida – pensou o gato para si mesmo.
O gato sentiu-se estranho naquele dia. O seu pequeno coração de gato rancoroso palpitava mais que o costume. Ria-se por tudo e por nada.
- Será? Não pode. Eu? Como é possível? Um gato da minha categoria, que mete medo a toda a gente? Não pode… É tecnicamente impossível. – Pensava ele.
No regresso para casa iam falando de vários assuntos respeitantes ao mundo animal. Chegados a casa da andorinha, o gato diz:
- Adeus, andorinha!
- Adeus, gato! - Respondeu.
Após a entrada da andorinha em casa, o gato decidiu voltar também para a sua.
No caminho para casa o gato deparou-se com uma tabuleta que dizia:
“ Madame Mariana
Tudo vê, tudo sabe.
Pergunte e obterá resposta.”
Intrigado, o gato decidiu entrar.
Ao entrar, ficou pasmado: a Madame Mariana era uma arara com crista amarela e penugem branca, uma espécie de coroa na cabeça e anel na mão direita. Estava sentada a uma mesa com cartas e uma de bola transparente com base castanha , dentro da qual havia raios coloridos.
A tal Madame tinha as mãos na bola e os olhos em branco. Parecia possuída.
- Olá! Esta ai alguém? – Perguntou o gato Malhado.
- Olá, entre, amigo de quatro patas! – respondeu ela, com uma voz meio esganiçada, ou como dizem, de cana rachada.
O gato Malhado, meio atormentado, senta-se e pergunta.
- Como é estar apaixonado? Como sabemos? O que é o amor? Dói?
- O amor é uma coisa sentida, não dói. Estar apaixonado é gostar tanto de uma pessoa que só nos apetece estar com ela, pensamos nela a toda a hora. O amor é capaz de mudar uma pessoa. Para melhor ou para pior. – Respondeu.
O gato, intrigado com tudo o que ouviu, sai e segue o seu caminho para casa.
A casa do gato era negra, escura como as normais casas assombradas, tanto que os outros evitavam por lá passar. No tapete da entrada dizia: “Vão embora!”
Enquanto tomava banho, pensava na andorinha, enquanto se vestia e lavava os dentes, pensava nela. Tudo girava em torno da andorinha Sinhá. Agora o Gato Malhado sabia realmente o que se passava. Ele estava apaixonado.
Noutros dos tantos passeios dados por eles os dois, depararam-se com o Tornado, o cão mais temível dos cães nos quatro cantos do mundo. O maior cão, de olhos assustadores, negros e de olhar vazio.
O gato, para proteger a sua amada, disse:
- Sai daqui, cão!
Não, estou a brincar, não foi isso que se passou. Ao verem o Tornado ambos fugiram. A andorinha pelo ar e o gato a correr. Como o gato não corria muito e era preguiçoso, a andorinha gritou do ar:
- Prepara-te, gato!
- Preparo-me? – pensou o gato.
Antes de poder pensar alguma coisa a andorinha sobrevoou-o e levou-o consigo para os céus. Depois de o agarrar, disse:
- Além de feio, és gordo!
Chegados a um local mais seguro, pousou-o e foi-se embora. O gato ficou incomodado, mas para mostrar à Andorinha Sinhá que conseguia mudar, decidiu começar a emagrecer. Mas não conseguiu.
A Primavera acabara e o gato entristeceu, pois a Andorinha Sinhá tinha de se mudar, mas prometera-lhe que trocavam cartas.
Após a partida da andorinha, o gato mudou totalmente. Era mais feliz, mais sociável, fazia exercício físico e mudou a sua casa. Em vez de negra e escura, era amarela e bem iluminada. O tapete dizia: “Bem-vindo!”.      
O amor do gato pela andorinha tanto durou que mudou completamente o gato.
                                                                                                             
Daniela Gaspar nº13 8ºA

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Visita de Estudo do 11.º ano

No dia 12 de Novembro de 2010, os alunos do 11.º ano de Ciências e Tecnologias fizeram uma visita de estudo ao Porto, no âmbito das disciplinas de Biologia/Geologia e Físico-Químicas.
Da parte da manhã, visitámos, na Alfândega do Porto, a exposição "O Corpo Humano Como Nunca O Viu" (http://www.ocorpohumano.net). Ao longo de nove galerias tivemos todos a oportunidade de ver como funcionam os vários sistemas do corpo humano. Tudo isto graças aos corpos reais presentes nesta exposição, que pertence(ra)m a indivíduos que optaram por doá-los à ciência para fins de estudo e educação. O seu excelente estado de conservação deve-se a uma técnica designada polimerização, que permite uma examinação fácil sem qualquer possibilidade da amostra se deteriorar por decomposição natural.
Fizemos uma paragem rápida, mas necessária, no Centro Comercial Arrábida Shopping onde almoçámos.
De tarde, visitámos uma fábrica de sapatos femininos, a Helsar (http://www.helsar.com e http://bloghelsar.blogspot.com), sita em São João da Madeira, onde tomámos contacto com os principais procedimentos necessários para a criação de um par de sapatos (desde a ideia em papel até ao retoque final do calçado antes de sair para venda).
Esta visita de estudo foi muito válida e útil não só para um melhor e alargado conhecimento do corpo humano, como também dos meandros da indústria do calçado.



Filipe Dinis e Maria Diaz, 11.ºA

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Desabafos de uma Caloira

Confesso que ao percorrer o espaço em declive acentuado, não neguei a entrada ao fascínio, quando vi a universidade pela primeira vez. Estava mesmo perto aquele instante que eu esperava há tanto tempo! Como eu, apercebi-me de outros rostos que punham os corações de caloiro a nu, consumidos de tamanha admiração, a única expressão que nos unia e identificava. Receios e incertezas entravam neste novo mundo sem pedir licença e ao fazer a digestão do que se observava, as dúvidas preenchiam-nos o pensamento: “Será este curso a escolha certa?”; “Que direi eu, impotente, perante tanta gente de capa negra a ordenar?”. Parece-me que, de um ponto de vista mais objectivo, os receios de um caloiro estão muito relacionados com a palavra “praxe”, que tem um significado que vai muito além de um modesto pintar de caras, já que o ritual da tradição foi há muito substituído por exercícios mais arrojados. Por outro lado, o elevado grau de exigência deste nível de ensino e a inevitável realidade de termos de nos tornar autónomos, combatendo a nostalgia e a distância dos familiares e dos amigos, cuja presença é uma necessidade primária de todos os dias, também é algo que causa algumas arritmias. Claro que são coisitas poucas, que se dissolverão com o passar do tempo, espero eu. Com o passar do tempo, pouco tempo, também se dissolveu e desmistificou a ideia ou o preconceito que talvez existisse na minha e em muitas outras mentes: as pessoas de Medicina não são todas uns altos nerds que só vêem livros à frente, ninguém usa óculos “fundo cu de garrafa”, o pessoal gosta de se divertir (venha daí esse COPO!), são pessoas absolutamente normais (contextualizando a coisa, claro, porque normal não é andar no meio da rua a dar banhos de mostarda, cerveja, vinagre, sopa e afins, mas isso não interessa nada para este caso e eu acredito piamente nos benefícios terapêuticos dos alimentos para o couro cabeludo...). Apesar do entusiasmo, agora que já passaram uns dias, apercebo-me que o tempo se transformou numa realidade que desafia as leis da física, por ter adquirido uma dimensão meramente fugaz. Temos de arranjar tempo para fazer tudo, o tempo para não fazer nada já faz parte do passado. Volto de novo a nomear a sempre tão polémica praxe, pois é a principal responsável pela barafunda dos dias, principalmente quando as aulas já não são simples apresentações. Parando um pouco para pensar, já que não consigo fazê-lo muitas vezes, porque a novidade anda numa dança maluca dentro de mim, enquanto caloirinha ainda sonho com a oportunidade de atribuir um significado à palavra ‘companheirismo’, numa turma que ainda é uma multidão de gente desconhecida. Com alguns anos de vida académica pela frente, espero também eu aprender lições de sonho e tradição e sair com a sensação de ter subido um pouco a serrinha, consciente de que o cume é uma meta que está constantemente a afastar-se de nós, porque o conhecimento é luz, mas humildade é vida.
                                                                                                                                     Jeniffer Jesus

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Festa Nacional do Desporto Escolar

BRUNA CUNHA – PRÉMIO “ESPÍRITO DESPORTIVO”


     Na passada sexta-feira, dia 12 de Novembro, realizou-se em Torres Novas a Festa Nacional do Desporto Escolar, na sede de Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves, tendo contado com a participação da Sr.ª Ministra da Educação, entre outras distintas individualidades do nosso país.
    
     Esta festa visa a atribuição de Prémios a atletas e entidades que se distinguiram no âmbito do Desporto Escolar, envolvendo nove categorias: “Aluno”, “Espírito Desportivo”, “Professor”, “Escola”, “Autarquia”, “Internacional”, “Carreira Desportiva”, “Media” e “Desporto Adaptado”.

     Foi atribuído o Prémio “Espírito Desportivo” à nossa ex-aluna Bruna Maria Mota Antunes da Cunha, que no ano lectivo anterior se encontrava no Colégio como atleta do Centro Nacional de Treinos de Basquetebol.

domingo, 7 de novembro de 2010

De comando na mão

De comando na mão e o olhar preso à “caixa mágica”, faço a mim mesmo a pergunta diária: “Por que razão três dos quatro canais transmitem notícias simultaneamente?”
É nestas alturas que, resignado, sou bombardeado com imagens e comentários que, cruelmente, me mostram o estado em que o país se encontra. A directamente relacionada indecisão dos políticos é, no mínimo, incómoda. O egoísmo e a hipocrisia que muitos deixam transparecer é gritante e evidencia uma falta de princípios tal, que me pergunto se não o farão propositadamente.
A polémica do momento é a proposta de OE do governo. Embora “estar na moda” me seja indiferente, deixo a minha opinião acerca deste “Outono/Inverno” da política.
Após analisar diversos debates políticos, apercebi-me que o PS defende invariavelmente o oposto do que os outros partidos advogam, muitas vezes sem apresentar justificações plausíveis.
“Que razão levará o PS a fazer birra sem fundamento aparente? Não fará mais sentido ceder para que, mais tarde, os agradecidos adversários ponderem aceitar outras propostas do partido?” pensava eu. Apercebi-me então que, provavelmente, o PS estava a ser propositadamente teimoso. Assim, as probabilidades de votarem contra o seu orçamento seriam maiores e Sócrates poderia afirmar que o PSD e os restantes partidos tinham tornado impossível qualquer tentativa de reparar os estragos.
Com esta jogada de mestre, os “maus da fita” passariam a ser os restantes partidos e o PS tornar-se-ia o cachorrinho abandonado que, de bom grado, seria acolhido pelos portugueses nas próximas eleições. Veremos...
Francisco Simões, 10ºC

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Encontro de Escolas Católicas – 5ºAno – 23 de Outubro

O dia começou bem cedo… acordar, levantar, tomar o pequeno-almoço, … pois os delegados e subdelegados do 5ºano tinham de estar às 8.45h, no nosso Colégio, para começar a aventura desse dia. Quando já estavam todos (excepto a Catarina do5ºA que se esqueceu), a viagem iniciou-se, rumo ao Porto. Durante a viagem, que o professor Catarino achou longa, porque ia sempre a dizer que a carrinha não passava dos 90 Km/h, tudo correu bem.
Quando chegámos ao destino e entrámos naquele colégio, ficámos boquiabertos, pois tudo era muito diferente da nossa escola. Bem, rapidamente nos adaptámos a todas as diferenças. À medida que íamos chegando, apresentávamo-nos a quem tinha chegado antes de nós.
Quando já estávamos todos (Colégio de Nossa Senhora da Paz, Colégio de Nossa Senhora da Bonança, Colégio de São Miguel, Colégio de Nossa Senhora da Assunção, Instituto de Promoção Social de Bustos e o nosso Colégio – de Nossa Senhora da Apresentação), fomos para o ginásio, onde fizemos dois jogos para nos apresentarmos e ficarmos mais à vontade com todos. De seguida, fizemos equipas para iniciar a nossa aventura missionária. Cada grupo representava um continente e tinha várias tarefas a cumprir em diferentes locais da escola. Terminadas as missões, voltámos ao ginásio, colocámos os trabalhos desenvolvidos à volta de uma vela e da Bíblia e fizemos um tempo de oração.
E eis que chegou a hora do almoço. Almoço partilhado e bem divertido! Seguiu-se um breve tempo de brincadeira.
Durante a tarde, continuaram as actividades com “Jogos Missionários sem fronteiras”; foram divertidos, mas fizeram-nos pensar que é muito importante não estragar comida nem água e que devemos aceitar a ajuda dos outros.
A aventura estava quase a chegar ao fim e voltámos para o ginásio. Era a hora do envio. Fizemos outro tempo de oração, recebemos uma cruz e foi-nos feito um pedido “VAI E FALA DE JESUS”.
Foi um dia interessante porque conhecemos pessoas novas, aprendemos várias canções e jogos, divertimo-nos uns com os outros e aprendemos que devemos ser missionários em qualquer lugar.

 Beatriz Bastião, do 5ºA, e Inês Tocha, do 5ºB

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nada importava…

A luz da aurora matinal trespassava as árvores e deslizava pelas janelas do 5º andar do Hotel Açores em Lisboa. Daquele lugar, presenciávamos o atarefado começo do dia dos habitantes lisboetas, assim como o esplendoroso aterrar dos aviões no aeroporto.
Naquela solarenga manhã de Verão, estava na capital, na tentativa de realizar um sonho de criança. O “casting” do programa “Uma Canção Para Ti” aguardava a minha prestação. Eufórica, levantei-me da cama, olhei pela janela, suspirei e pensei: “Mas que lindo dia!”. Depois de um quente banho, dei por mim a olhar para diversas peças de roupa, sem saber com a qual me apresentar perante o júri. Acabei por escolher uma ao acaso, pois afinal, todas eram boas. Depois da higiene habitual, desci até ao rés-do-chão, onde um delicioso pequeno-almoço me esperava. Comi, e de seguida voltei ao quarto.
De novo no 5º andar do hotel, voltei a olhar de relance pela janela. Avistei um buraco profundo, que parecia a toca de um qualquer animal selvagem. Olhei mais atentamente e apercebi-me que um monte de cartões e jornais o cobria. Um cão franzino e sujo rondava aquela zona e eis o meu espanto quando do fundo daquele buraco, trespassando o tecto feito de cartões, saem dois homens. Umas barbas grandes e cinzentas camuflavam dois rostos tristes, muito tristes, diria eu. As roupas sujas e o aspecto débil mostravam a sua paupérrima condição de subsistência. Os seus únicos haveres seriam uma pequena quantidade de sacos pretos que se juntava ao lado do que afinal, era a sua casa.
Sentei-me na cama e um turbilhão de questões me assolou: "Quem seriam aqueles dois homens desprezados pela sociedade? Qual seria a sua história de vida? Seriam pessoas instruídas? O que os teria levado até àquelas condições?" Pensei... Na minha existência, na sorte que tenho de ter uma família que me educa, instrui e ama melhor que ninguém. Analisei as minhas acções daquela manhã e deparei-me com a sensação de que afinal as minhas preocupações não tinham qualquer importância. Não importava a cor ou o feitio da peça de roupa, mas sim ter uma. Não importava a água ser quente ou fria, mas sim ter água. Não importava comer muito ou pouco, mas sim ter o que comer.
Fui para o “casting” com a certeza de que sou pequena, pequena demais para compreender toda esta injustiça social. Mas que sou grande o suficiente para fazer algo que ajude a combatê-la.


Ana Jorge Alcaide Ferreira, nº4, 10ºC

terça-feira, 2 de novembro de 2010

COM+PASSOS NOVOS

           Sei que estamos a dar outros passos, que se traduzem em novos compassos. Sem desmerecer o papel, que ao longo dos séculos criou tantos laços entre as pessoas, que marcou tantos compassos criando ritmos e harmonias diversos, que levou gerações e gerações a caminharem, com passos firmes, as vias do desenvolvimento, alegramo-nos agora com outras auto-estradas da informação.
           As rotas são cada vez mais bandas largas. Temos de ter muita inteligência, de saber usar bem a liberdade, de sermos solidários na construção desta Comunidade educativa. O nosso jornal, agora on-line, será sempre um meio de intercâmbio e, portanto, de enriquecimento cultural e espiritual entre todos.
            Saúdo com alegria esta forma nova de comunicarmos. Confio na responsabilidade de todos, para que o novo processo signifique mais intensa proximidade, mais atenta solidariedade, mais vasto espaço de presença de todos os estudantes e educadores do Colégio.
            Ocorre-me apropriar-me das palavras de Bento XVI às pessoas da cultura e da arte, no Centro Cultural de Belém, no passado dia 12 de Maio, e transformá-las para vós. Fazei desta nova porta de comunicação uma coisa bela! Fazei da oportunidade da nova comunicação o caminho para tornar belas as vidas dos nossos estudantes, de toda a nossa Comunidade educativa.
            Caminhante convosco e Director para vós!
                                                                                   P. Querubim Silva - Director

Festa de Abertura Solene

Celebrou-se, no dia 16 de Outubro, como vem sendo hábito, a festa da Abertura Solene, no pavilhão do nosso Colégio. Nesta importante festa, podemos contar com a agradável presença do nosso Director, Padre Querubim, e do nosso Bispo António Francisco dos Santos,  assim como de professores, alunos, pais, auxiliares e restante comunidade.
A cerimónia iniciou-se por volta das 20h15m com uma breve actuação da Orquestra Ligeira do Colégio de Calvão, a que se seguiu a Eucaristia, animada pelo grupo Polifónico Santa Cecília de Calvão.
Poucos momentos antes do término da celebração, procedeu-se à entrega dos Prémios de Mérito, “Mais e Melhor”, Doutor Filipe Rocha (Filosofia) e, ainda, dos Diplomas de Conclusão do 12º ano, acompanhada com calorosas palavras de incentivo do nosso Director. Também foram apresentados os Delegados Representantes de cada turma e os membros da Associação de Pais, terminando a festa com a apresentação à comunidade escolar do lema deste ano 2010/2011, “Inteligentes, Livres, Construtores Solidários…”
Durante a tarde do dia 16 de Outubro, a comunidade educativa foi, ainda, convidada a assitir ao lançamento do livro “Calvão – Contributos para a sua história” e à inauguração dos painéis de azulejo alusivos à história do nosso Colégio.
Um bom ano Lectivo para todos!

1º Encontro de Escolas Católicas da Diocese de Aveiro

Painéis de Azulejo