quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"A Lista de Schindler" - A Dignidade da pessoa Humana

Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a render-se a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que actos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar, a sangue-frio, um semelhante seu como se fosse um mero insecto?   
No âmbito da disciplina de EMRC visualizámos o filme "A Lista de Schindler" com o qual a maioria de nós foi capaz de crescer como pessoa.
Filmado a preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, ''A Lista de Schindler'' ilustra a perseguição aos judeus na Polónia e a sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos até à transferência de todos para o infame campo de concentração, comandado pelo sociopata Amon Goeth.
É impossível não ficarmos emocionados com o poder das cenas chocantes de mulheres, homens e crianças friamente assassinados com tiros na cabeça, actos de uma crueldade insuportável.
Inicialmente, Schindler era visto como um homem ganancioso e aproveitador, deprovido de valores morais, que pretendia "subir na vida" à custa da devoção e da situação lastimável dos "mais fracos", aqueles cuja liberdade lhes foi "sancionada" e que viviam a vida segundo ordens lamentáveis dos mais poderosos.
No entanto, ao aperceber-se da situação – sendo a menina do vestido vermelho (único vestígio de cor ao longo de todo o filme) a personagem mais significante para tal – Schindler decide mover rios e montanhas para reunir o número máximo de judeus, trabalhadores na sua fábrica, na tentativa de os proteger dos nazis e, posteriormente, de lhes proporcionar a liberdade e o direito à vida.
Um vasto número de pessoas vivas hoje, entre sobreviventes directos e seus descendentes, deriva dessa lista do industrial alemão Schindler.
Isto passou-se já há uns anos mas, actualmente, há inúmeros casos de "atentados" à dignidade humana que, por indiferença por parte da sociedade ou por medo em expressar-se, não são conhecidos e divulgados.
Cada qual deve manifestar a sua sensibilidade e contribuir para a liberdade do outro, pois…

…''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro!'' (a Schindler) 


Raquel Vieira, 12º B


1º Encontro de Escolas Católicas da Diocese de Aveiro

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